martes, 14 de octubre de 2008


até a próxima

voltando

devagar ... estou voltando



martes, 21 de agosto de 2007

domingo no parque


Domingão de sol e só, saio da minha caverna,
como há 100 anos os seres urbanos e o seu parque
num lago de água in-limpida. Eta bichinhos de deus.
Endomingados sentindo que já chega o fim... de semana.

sábado, 18 de agosto de 2007

a secas

¡ Hay que semana voraz! Que trabajo mental, pobrecitas mis neuronas que aquí se las conocen por los , cayeron en dudoso deber de pagar el pan, el vino y la banda ancha. Sábado sin agua en São Paulo. Acaba de acabar el gas. ¿ Sera un anuncio? ¿ Que me dirá el oráculo de estas canillas secas? ¿ Y esa sacerdotisa que no cocina?

Para peor, mi amigo astrólogo se marcho al viejo mundo, y ahora, cansado de tentativa emigrante-laboral se fue a la montaña, a juntar leña, hacer música y mirar el mar de Maria. Yo me quedo con saudades, envidia y con la canilla sin chorro.

jueves, 9 de agosto de 2007

A SACOLA VERMELHA


A SACOLA VERMELHA
Na outra noite sonhei que andava por largas galerias de um antigo mercado.
As paredes de escuras e torneadas madeiras cheiravam verdadeiras a cera e a carvalho. Apesar de nunca antes haver estado nele, o meu peito apertava de saber-lhe mudado. Os repletos empórios de tonéis e vidros, decorados cheios de iguarias e de raras bebidas, tinham dado lugar a lojas conhecidas.
Eu subia e descia as escadas de mármore gasto na procura de uma agência de viagens. Carregava uma sacola vermelha de brinde duvidoso, às voltas de um tramite, confirmar a passagem ou outra burocracia. Nesta peregrinação ia encontrando pessoas que por alguma razão sabiam da minha procura, mas estas, ou não sabiam como ajudar, ou estavam com tanta pressa que se limitavam ao dar-me apoio moral.
Pouco tempo depois percebi que não estava mais com a tal da sacola vermelha. Entrei em pânico; dentro dela estavam documentos que eram fundamentais para fazer a diligência que me havia ocupado até então. Voltei a subir e descer, gastando mais as escadas de mármore, agora procurando a sacola que eu tinha detestado desde o começo, pois decididamente não tinha a minha cara. Voltei a encontrar as pessoas que continuavam com a mesma pressa e fui reprovado, por mais de uma delas, pelo descuido. O pânico, pouco a pouco, foi dando lugar a uma sensação de derrota que me levou a entrar em um café e sentar-me a descansar, beber uma água e fumar um cigarro.
O café parecia o único sobrevivente do tempo de outrora, aquela digna decadência de não fazer alarde nem drama nos minutos finais, oferecendo o mesmo vinho do porto e redondos bolinhos de bacalhau de tempos tão distantes. Eu teria bebido e comido até dormir a sesta numa videira lusitana, até acordar confuso, sentindo-me perdido no nevoeiro com cheiro a maresia; mas o dinheiro tinha ido junto à sacola vermelha.
Perto, a dois bancos vazios na mesma linha do balcão, sentado, olhando para a porta de costas, um cara com mais sorte que eu bebia e comia. Eu não via quem era, mas tinha a sensação de conhecer-lhe; fiquei olhando a silhueta que escura ficava em contraste à entrada, até que a forma virou-se para mim, chamou o garçom e fez servir-me um cálice de porto. Fiquei pasmo, não pela boa ação do personagem e sim porque reconheci o benfeitor. Tão emocionado, quase acordei nesta hora, mas saboreei o vinho pausadamente. Agradeci, sem ocultar o meu sotaque com segundas intenções.
O bom moço esboçou uma pequena surpresa, de fato éramos conterrâneos e ele o mais ilustre na onda do momento. Deu-se início a um dialogo lento, como sem ganas. Acanhado fui sendo tão cordial que quase tive náuseas. De qualquer forma não fui imoral, apesar de tanto gostar da obra do fulano guardei a devida compostura. O certo é que o tal era tão brilhante, a sua visão do mundo tão perfeita, politicamente tão correto, tão preocupado pelas boas causas, que fui ficando tão de saco cheio...
E no momento certo, antes de repensar meus gostos, chegou uma comitiva de pessoas cheias de simpatia que carregaram o artista para longe. Fiquei filosofando sobre quão deplorável pode ser a perfeição... Foi quando passou na minha frente uma garota com a sacola vermelha. Lento como num sonho, quando as pernas não acompanham à idéia, demorei em sair do bar; para meu desgostou agora procurando a garota que levava a sacola vermelha que carregava documentos que eram fundamentais para fazer a diligencia.

sábado, 4 de agosto de 2007

CRIATURAS

Um abraço a meus amigos pelo mundo afora, desde Sampa,
com uma gripe de lascar
(que possivelmente seja a causa ou o efeito desta empreitada) .
Vamos a ver a onde vamos... Paraliticamente falando
Ultimamente tenho acompanhado as peripécias

e as delicias de “mis amigos del alma”
que cambiaram de ares pelo amor ou pelo pão.
Da Catalunha e Paris

me chegam pérolas que me fazem viajar,
gosto tanto de viajar que consigo pegar carona
nas viagens de meus amigos.
Outros amigos escolhem esta cidade

e como pousada a minha casa
e ela se enche de cores e de musica
e eu acabo redescobrindo com eles
novamente a cidade em que moro.
Saúde, uma pinga com limão para
o santo, a minha gripe e a todos nos.